quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Panis Et Circensis. A antologia do caos, protagonizada pelo desmonte do funcionalismo público na gestão de Emerson Panta, e a "inauguração dos pisca-piscas".


A política pão e circo, do latim panis et circensis, surgiu na idade média, na época do império romano. Hoje alguns países, ainda, utilizam esse tipo de política, mesmo em meio aos grandes avanços do século XXI.




A terminologia pão e circo (em latim, Panis et circensis) refere-se a um modelo de política criado, na idade média, pelos romanos. A utilização da expressão: pão e circo; tinha como objetivo, fornecer alimentação e diversão para o povo da época do império romano, pois com o acelerado crescimento da população, vinham junto consequências e problemas sociais, como falta de emprego, falta de condições sociais para viver, miséria, desigualdades, entre outros problemas que podem ser gerados pela falta de estrutura e de o acelerado crescimento populacional.Dessa maneira, como solução para o problema da insatisfação do povo romano (os que possuíam menos poder aquisitivo), o governo da época, que viviam no mais alto luxo e conforto, com boas condições, resolveu criar mecanismos para conter a insatisfação do povo das classes mais humildes, tais quais: Distração e Distribuição de Alimentos. Distrações como; espetáculos de gladiadores nos estádios da época e eventos gerais que conseguiam atrair a atenção de todos. Enquanto a distribuição de alimentos consistia em ofertar pão e trigo para conter a falta de alimento aos miseráveis.

Assim, com a expressão Panis et circences – Pão e Circo, o governo conseguia atingir seus objetivos: povo alimentado e povo distraído. Mas será que no Brasil, atualmente, vivemos uma política tal qual a do pão e circo da época do império romano... Embora se tenha passado muito tempo desde então, cotidianamente, em nosso mundo, ainda podemos encontrar esse tipo de política, citamos como um “belo” exemplo o nosso Brasil. Onde possuímos com distrações, o carnaval, as novelas (“que agregam bastante valor a realidade cotidiana”), os campeonatos de futebol espalhados pelos demais Estados da federação, festividades gratuitas espalhadas pelos pequenos municípios, e até mesmo nos grandes centros urbanos, internet, loterias, entre outros meios de distrair a população menos instruída.


Desde que assumiu sua gestão no dia primeiro de janeiro de 2017, o prefeito Emerson Fernandes Alvino Panta, tem feito um verdadeiro massacre na vida dos Servidores Públicos Municipais, efetivos e concursados, que vêm tendo sua dignidade e auto estima destruídos, por uma série de atos controversos, ilegais, inconstitucionais e ditatoriais, em cima de direitos adquiridos por Lei, sobretudo no que diz respeito ao salário e gratificações de ativos e inativos. Quando da sua eleição, no pleito de 2016, criou-se uma expectativa positiva por alguns servidores, sobre como seria a sua governabilidade, pois, o saldo deixado pela gestão interina do seu conterrâneo de bairro, Severino Alves, de codinome “Netinho”, foi 3 meses de salários atrasados, Psf’s fechados, lixo acumulado, super faturamento da folha com contratados, um verdadeiro caos generalizado na cidade dos canaviais.

Foram muitas as promessas de Panta durante a campanha, entre elas, da valorização e não congelamento dos salários dos servidores públicos. Pura falácia e engodo para com a opinião pública. Já no primeiro mês de gestão a figura maquiada pelo marketing eleitoral, do médico sorridente e “amigo”, propagada nos 4 cantos da terceira maior cidade do Estado da Paraíba, foi totalmente transformada, ou revelada, mostrando uma pessoa arrogante, temperamental, inacessível, intransigente e ditadora.

Panta começa sua gestão sem querer nenhum diálogo com os já maculados servidores. Não responde ofícios enviados pelas entidades representativas de classes, não dá expediente na sede da PMSR, não dá pistas de onde esteja despachando para não ser procurado, e o discurso “amigável” de campanha, passa à mudar de tom, negando as dívidas tributárias da instituição PMSR, entre elas, os salários atrasados dos funcionários, dizendo não ter sido ele o autor da dívida, e que “não devia nada à ninguém”, muito menos não teria previsão para pagar esses atrasados, tratando a instituição pública como se propriedade privada fosse, desconsiderando totalmente os ônus e bônus de quem assume cargo eletivo.



Após inúmeras tentativas sem sucesso, os servidores decidem ocupar as ruas e protestar contra a falta de diálogo e, consequentemente, do pagamento dos seus salários atrasados, tornando assim, a primeira gestão na história do município, à já iniciar um mandato com protestos. Após esse primeiro ato de repulsa, Panta decide receber o sindicato, contudo, não promoveu um encontro amigável e civilizado, pois, ao procura-lo no local indicado pelo mesmo, os diretores da entidade se depararam com um homem totalmente transtornado, falando alto, interrompendo a fala daqueles representantes, dando murros na mesa, e bradando: “se vieram aqui para falar de aumento e pagamento de atrasados, não contem comigo”, deu as costas e se retirou. Começou à partir daí uma greve, pontuando mais uma vez negativamente a gestão que, logo à princípio já foi avaliada popularmente como a pior da história, como a primeira à já iniciar com uma greve.

Partindo da pressão, Panta começa à procurar exaustivamente a imprensa falada, escrita, televisionada e online, para tentar pulverizar na opinião pública uma autoimagem positivista, de que tem boa vontade só não tem recursos, e que iria pagar os vencimentos atrasados dos servidores, no entanto, isso se daria “paulatinamente”, e sem previsão concreta. O discurso de Panta era totalmente controverso e infundado, pois, ao mesmo tempo a folha de pagamento começava crescer de servidores contratados, comissionados, cargos de confiança, todos com salários acima da média. Passa-se o mês de janeiro, e Emerson Panta não paga o terço de férias, obrigatório e constitucional aos professores, ignorando Leis Municipais e Federais, como também, não repassa o percentual do aumento do salário mínimo ao pessoal de apoio. Nesse ínterim, a justiça libera um valor de precatórios da Educação, cujo percentual deveria ser dividido 60% em partes iguais com os(as) professores(as) que trabalharam em um determinado período, e os outros 40% para investir na pasta da Educação, de acordo com acordo firmado judicialmente ainda no ano de 2012. Panta ignora a justiça, e utiliza esse precatório para pagar os vencimentos atrasados da Educação e IPREV, ou seja, utilizou de um dinheiro que já era de direito daqueles servidores, para pagar uma dívida salarial cujo fim daquela verba não se destinara, foi pagar a quem devia com o próprio dinheiro do credor.


Após o fato, começa então uma verdadeira pirotecnia de Panta nos meios de comunicação, passando a informação falsa de que “estava pagando todos os salários atrasados dos servidores”, foi às rádios, sites, e cometeu a irresponsabilidade de pôr carros de som nas ruas, dizendo aos servidores da educação que fossem aos bancos sacar o dinheiro que já se encontrava em conta e fossem gastar no comércio local, causando assim um pânico generalizado entre os já massacrados funcionários públicos, que temiam ir ao banco e serem assaltados, pois, o aviso de dinheiro nas contas foi jogado aos ventos nos quatro cantos da cidade.

Logo após o ato controverso, vem mais um golpe ao bom senso do trabalhador, Panta filho publica um decreto, totalmente inconstitucional, ignorando mais uma vez a Justiça e as Leis vigentes, e suspende direitos adquiridos por Lei, fazendo-se de rogado até a Constituição Federal, como: 1/3 de férias, adicional de difícil acesso para quem trabalha na Zona Rural, gratificação de Secretário Escolar, licenças diversas, etc, todos garantidos por Lei, diminuindo assim, mais uma vez o salário dos servidores ativos e inativos, colocando a gestão mais uma vez no livro da história negativa de Santa Rita, como a primeira gestão à DIMINUIR salários de servidores da ativa, e o pior, dos aposentados. Com isso, mais uma vez o Alvino Panta coloca as Leis vigentes sob os seus pés, em ato injustificável, pois, a tentativa de justificativa para tal atrocidade é de “contenção de gastos”, o que mais uma vez não se sustenta, vendo-se  o inchamento descontrolado da folha de pagamento dos cargos de confiança, contratados e comissionados, e os “super-salários” de, por exemplo, auxiliares de serviço, serventes de pedreiro e vigilantes, recebendo mais de R$ 2.000,00, de acordo com o que consta no site do Tribunal de Contas, o Sagres Online.
  
Finalmente, após várias provocações, o Ministério Público ajuíza uma Ação Civil Pública, solicitando a devolução dos valores descontados indevidamente pelo Decreto 034/17 publicado por Panta, que foi intitulado popularmente por “PACOTE DE MALDADES DE PANTA”, contudo, o pedido do Ministério Público à Justiça, que deveria ter sido com urgência, até o presente momento não o foi, e a Cautelar, pedida na ação, ainda não foi concedida.


Cansados de esperar e de serem massacrados, os servidores da Educação passaram à percorrer todos os bairros da cidade, realizando assembleias itinerantes na frente das principais escolas, culminando com caminhadas e carreatas com carro de som, percorrendo as ruas desses bairros, para denunciarem à população o sofrimento que estão passando, e desmentir a imagem de que estaria tudo bem, passada por Panta e sua assessoria de imprensa à população. As assembleias já foram realizadas em todos os bairros da zona urbana do município, e ainda irão percorrer toda a zona rural, ainda este ano. Mais uma vez, um saldo negativo à gestão de Panta, por ser a primeira vez que os servidores percorrem todos os bairros da cidade denunciando o descaso e desmonte do servidorismo público e da Educação da cidade.


Após inúmeras tentativas, foi a vez dos servidores da Saúde conseguirem falar com o gestor para implorarem o pagamento dos seus salários atrasados, ainda do ano de 2016, quando, segundo os mesmos servidores, receberam a informação do prefeito de que, antes do dia 15 de novembro, próximo, passado, estaria realizando os atrasados desses servidores. Mais um engodo, Panta não realizou o prometido pagamento aos referidos servidores, que realizaram assembleia e foram às ruas, para protestar contra as mentiras e maldades do gestor, que alega, mais uma vez não ter dinheiro para pagar direitos de concursados e efetivos, e no entanto, surpreende mais uma vez á todos(as) sancionando uma Lei, criando 80 (oitenta) cargos para a Camara Municipal de Santa Rita, onde, nessa mesma Lei, reza que esses cargos podem ter gratificações de até 100% em cima dos seus vencimentos. Não obstante essa Lei criar despesas, onde Panta alega não ter verbas, a folha de comissionados da PMSR não para de crescer, e praticamente todos os dias o Mensário Oficial do Município traz portarias de nomeações desses comissionados, além de ter sido divulgado aviso de licitação para  publicidade, no valor de MAIS DE UM MILHÃO DE REAIS, no mesmo contrapondo em que Panta afirma que “a PMSR não tem dinheiro”.
Até o presente momento, servidores da Saúde e outras secretarias como administração, não receberam seus salários atrasados de 2016,  e as informações são de que, segundo Emerson Panta, o pagamento desses atrasados comprometeria o 13º e o mês de Dezembro, e que, somente em 2018 é que se veria alguma forma de realizar esses pagamentos, ou seja, o próprio gestor se auto denomina controverso, ao informar anteriormente que todos os pagamentos atrasados já foram quitados, e agora, admitindo que ainda há atrasados à pagar.



Por fim, o até então último golpe ao bom senso do gestor, foi o já denominado “REVOGAÇÃO DO PACOTE DE MALDADES”, onde Panta, através de decreto, diz que as folhas de pagamento até o mês de dezembro de 2017, devem seguir a folha de pagamento cujos salários estão reduzidos e gratificações cortadas, ou seja, os servidores não receberão o 13º proporcionais à soma de todos os salários recebidos durante o ano de 2017, e já planejam iniciarem o ano de 2018 com uma grande greve.



Diante todo esse caos, gentilmente o gestor convida toda a população, para a inauguração dos "pisca-piscas", no dia 02 de dezembro, instalados na Praça Getúlio Vargas, e Praça do Povo, em Tibiri Fábrica, onde, baseado na política do "Panis et Circensis", terão apresentações durante todo o período natalino. Seria uma excelente oportunidade dos servidores públicos municipais, através de manifestos pontuais, mostrar à população, que aquilo divulgado por Panta na imprensa, não condiz com a verdade.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

CAOS EM SANTA RITA, PB. Servidores Públicos Municipais, realizam assembléia e protesto.


A manhã desta quarta-feira, 29/11/2017, foi marcada por mais um protesto dos servidores públicos municipais de Santa Rita. De acordo com o Sinfesa, sindicato da categoria, a atual gestão, desde que assumiu em janeiro de 2017, vem cometendo toda a sorte de infortúnios contra os servidores concursados e efetivos, à exemplo de até a presente data não ter sido repassado o percentual de aumento do salário mínimo, desde Janeiro deste ano, o terço de férias dos professores, que deveria ter sido pago ainda no pagamento de janeiro, e e ainda não foi pago, bem como os terços de férias dos demais funcionários.

Foto: NewsParaiba

De acordo com os servidores, o pior ato da atual gestão contra os servidores, foi um decreto publicado pelo prefeito Emerson Panta, onde tolhe direitos assegurados por Leis específicas, como: gratificações de secretários escolares, adicional por insalubridade, adicional por difícil acesso, dentre outras, segundo eles, o decreto é totalmente inconstitucional, pois, uma Lei só se modifica ou suprime com outra Lei, já que, hierarquicamente decreto está inferior à Lei. 

Foto: NewsParaiba

O Ministério Público da Paraíba já ajuizou uma ação civil pública (nº083546-23.2017.8.15.0331) que além de pedir a anulação do pupularmente conhecido "Pacote de Maldades de Panta", determina que o município se abstenha em publicar atos administrativos semelhantes, sendo expedida uma medida cautelar suspendendo o decreto 32/2017, até o trânsito e julgado da ação.
Agentes de Trânsito, Professores, Secretários Escolares, e outras categorias se fizeram presente no protesto, que teve parada em frente à Secretaria Municipal de Educação, Ministério Público, e findou com um ato em frente ao Fórum Juiz João Navarro Filho.

Foto: NewsParaiba

Desde que assumiu a gestão em janeiro de 2017, Emerson Panta vem passando por vários protestos, em resposta da sociedade às suas atitudes arbitrárias, truculentas e ditadoras, onde, o mesmo age de forma estranha às Leis vigentes, sem consultar os servidores, sem responder ofícios, sem proporcionar nenhuma possibilidade de diálogo. Em contradição ao discurso de que a edilidade não possui erário suficiente para atender às demandas dos servidores concursados, efetivos e aposentados, Panta tem contratado um número de comissionados que já extrapola o limite da folha de pagamento, cujos vencimentos seguem intactos e, alguns, com super-salários como consta no Sagres online, o site do Tribunal de Contas da União, no entanto, é no servidor concursado, efetivo e aposentado que, pela primeira vez nos mais de 240 anos de história do município, seus proventos são diminuídos e direitos suspensos.

Assista ao vídeo do protesto: